Eu te escondo entre as minhas costelas. Entre os ossos. Fui eu que te coloquei ali, no único lugar onde ninguém te encontraria, dentro de mim.
Mas
você teima em se espalhar. Nunca fica no seu lugar designado, quieto, na minha
gaveta de vertebras.
Quando
eu percebo você está no meu corpo inteiro, atrás das minhas entranhas,
revirando meu estômago feito um cachorro de rua, fechando meu coração num punho
cerrado, soprando no meu ouvido feito um fantasma.
Eu
também me escondi no seu corpo. Nenhum de nós fica impune.
A
diferença é o tamanho do estrago.
No
seu corpo eu sou presença, mas no
meu você é maré.
Adorei.
ResponderExcluirAmei isso!
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