Passávamos horas falando sobre discos, tipos de comida, e inventávamos bandas e coisas que não existiam.
Em um desses dias eu criei uma máquina de café chamada “me expresso”, em que cada cápsula teria o nome e a especialidade de lidar com um sentimento diferente.
Teria o café ressaca, o café euforia, o café melancolia e o café saudade (que é do que eu preciso agora).
Não vimos nada da cidade. Mas eu também não fiquei chateada por isso porque eu tinha mesmo ido até lá para vê-lo, eu tinha trocado de país por apenas cinco dias porque meu corpo já sentia uma necessidade física de ficar junto do dele.
Eu já estava esquecendo o seu rosto e como ele se parecia, e sabia que só seria capaz de suportar mais um tempo enorme de distância e saudade se fosse até lá, se me abastecesse dele.
Munida de memórias novas e do cheiro dele impregnado nas minhas roupas, eu voltei para casa e agora estou aqui, no espaço confuso que existe entre a falta e o desejo.
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